Na sua visita de ontem a Belfast, a Rainha Elizabeth encontrou-se com o ex-chefe do IRA; estendeu-lhe a mão, pois que pelo protocolo e pelas regras de etiqueta, esse gesto tem que partir da autoridade e da mulher, respectivamente.
E falando em aperto de mão, a visita foi fundamental para que o Sinn Fein, partido político de Mc Guinness e ligado ao IRA, aceitasse o gesto. Aqui o "aceitasse" confirma o que eu escrevi atrás e referente ao protocolo e regras de etiqueta. São as jamais extintas cicatrizes das feridas profundas e dos idealismos eternos.
Noutras imagens que tive oportunidade de ver na Imprensa, há uma em que Sua Alteza mostra um olhar de desconfiança e apreensão, ou talvez curiosidade, quiçá contrariada, antes de dobrar a "esquina" formada pela parede mostrada neste foto da minha postagem. Naturalmente que a Rainha já foi bem orientada por alguns dos seus súbditos da corte no sentido de segurar essa barra pesada sem constrangimento aparente. É aquela velha ladainha que diz "devemos perdoar a quem nos ofender", mas isso para certas pessoas ou mesmo Instituições, jamais será aceite. Neste caso foi...
Dando umas braçadas no estilo crawl, na grande poça d'água que separa a Europa da América do Sul, chegamos ao Brasil onde também acabamos de observar um caso semelhante --- o encontro amistoso de Lula com Maluf pedindo apoio para o candidato à Prefeitura de São Paulo.
Os dois casos são interessantes pelo insólito, mas no Brasil não foi o aperto de mão a exigência de uma das partes, mas sim Maluf ter exigido que o encontro fosse na sua mansão e com foto oficial...
Numa análise própria dos dois casos, eles tiveram uma certa finalidade política. Porém, descartarei alongamentos no que se refere ao encontro Lula - Maluf por encarar isso como mais uma senvergonhice da desacreditada classe política brasileira.
No que diz respeito ao Reino Unido e Irlanda do Norte, a Rainha usou a cor verde nos trages e chapéu, nesta visita. Cor símbolo da República Irlandesa que é um país independente. No passado ano procedeu do mesmo modo quando da visita a este. Isto envia uma especial mensagem aos mais incrédulos sobre que algo acontecerá mais tarde ou mais cedo no agrupamento de uma Irlanda só.
Foi visível que nada de espalhafatoso aconteceu e cada uma das partes actuou pela cartilha oficial, cordial e solenemente. Só o Príncipe Consorte parece ter pisado na bola...
Mc Guinness não curvou a cabeça (como seria da praxe por parte de não chefes de Estado) e despediu-se da Rainha, usando o idioma irlandês, com a frase "boa sorte e que Deus a abençôe".
Os sacrifícios dos muitos que lutaram nesta guerra sangrenta de tantos anos não fôram em vão. Eles tinham um ideal.
Respeitemos, também, os que da outra parte lutaram, pois fôram obrigados a tanto, como acontece na maioria das guerras injustas e estúpidas com que nada se tem a ver.
A religião, com todas as suas provocações e fanatismos ignora o caminho do diálogo que quase sempre acaba por se concretizar.
quinta-feira, junho 28, 2012
terça-feira, junho 26, 2012
Cães dóceis e ferozes...
Os Dálmatas, por natureza, não são cães agressivos. Antes pelo contrário, são dóceis mas fora do seu domínio.
Após muita insistência do então amigo e colega de trabalho Luciano Roppa, da Guabí, em 1975 comprei dele um filhote de Dálmata na cidade de Orlândia e, junto com uma cadela Pastor Alemão, veio para Campinas quando para esta cidade me transferi.
Comecei a criar a raça e logo abri um Canil devidamente registado nos Órgãos oficiais específicos. Nascia o "Canil Carcavelos", em homenagem à última cidade onde residi em Portugal.
Muita experiência adquiri nesta empreitada da criação de cachorros e posterior venda dos mesmos. Na relação entre homem e animal também. Porém, há sempre algo mais a aprender...
Depois que foi desfeito o meu primeiro casamento, o Canil ficou na casa da ex-mulher. Passava por lá muitas vezes. Uma dessas vezes a Rena, matriarca da família de Dálmatas, estava com filhotes recém nascidos. Era um Domingo e fui visitar os cachorros. A exemplo de outras vezes, levei a minha filhinha (segundo casamento) que tinha um ano de idade. A minha primeira preocupação foi levar a cadela Pastor Alemão para o quintal e prendê-la, por segurança. Deixei a filhinha sentada, quietinha a aguardar-me.
Quando voltei não vi a menina e repentinamente me deu um estalo: ela foi matar a sua curiosidade dentro da casinha onde estava a Rena com a sua prole. Estava toda ensanguentada e de tal modo, que nem dava para perceber a gravidade dos ferimentos. Foi só tomá-la num braço e conduzir o carro com uma só mão até ao hospital mais próximo. O pior não aconteceu, felizmente. Tem ainda hoje uma marca no rosto, mas disfarçada na sua beleza.
Depois disso e até hoje, jamais tive problemas com os meus cães. Depois de três gerações de Dálmatas tive uma cadela Labrador e por último outro Dálmata, o Díli, que comigo está actualmente.
Este cão é diferente de todos os que já tive ou conheci da raça. Ele é, simplesmente, indomável. Tem uma força descomunal e por isso judia muito de mim quando o levo a passear, preso com trela no peitoral. Já lhe coloquei "enforcador" mas desisti porque senão se enforcaria mesmo... Já me derrubou algumas vezes, mas nunca se soltou de mim... Parece não gostar de crianças e, porque eu já percebi isso, tenho o maior dos cuidados quando os meus netos vêm na minha casa. Aliás, tenho o mesmo cuidado em relação a qualquer pessoa que não seja da casa.
Hoje ele pediu-me para o levar a passear. Sim! Ele pede-me isso numa coreografia peculiar e que dispensa a fala que, claro, não tem...
Já tinha anoitecido e fomos os dois fazer, mais uma vez, um dos tradicionais trajectos. Tomei todos os habituais cuidados, como o de ir para a outra calçada quando alguém vem na minha direção, principalmente quando acompanhado de cachorro ou de criança. E, dentro desse esquema, tudo estava dando certo até que mais uma vez o Díli foi evacuar as fezes no canteiro de uma árvore. Ele só faz isso nos canteiros ou em calçadas destruídas ou mal cuidadas...
Como tenha percebido que uma pessoa subia pela calçada em sentido contrário ao meu, com uma criança no colo, tomei o cuidado de ficar bem perto e virado para o focinho do cão. Mas não adiantou! Ele me surprendeu e pulou na criança! Consegui de imediato puxá-lo com um esticão e, ao mesmo tempo que escutava toda a fúria daquele pai no desespero de ver se algo de pior teria acontecido, pedi milhões de desculpas e tentava justificar-me com a garantia de que ele jamais assim tinha agido.
Depois que o homem se acalmou mais, convidei-o a ir na minha casa que era perto. Não aceitou. Pedi-lhe, então, o seu nome e morada e ele acedeu. Vim para casa e contei o acontecido à minha mulher.
Larguei o cão e, com a mulher, fômos ao encontro daquele homem. Lá estava ele na portaria do Condomínio, comentando o sucedido com a esposa e outros condóminos e enxugando lágrimas que ainda lhe corriam dos olhos.
Soube que a criança tem 9 meses sòmente e o meu coração disparou mais uma vez quase me levando às lágrimas também.
O diálogo foi amistoso e ouve compreensão mútua dos acertos e dos erros. Prometi a mim mesmo que lavarei o Díli a passear só em lugares ermos, numa hora mais tardia, a partir de amanhã.
Admirei muito a educação e o fino trato daquele Pai, Isaías de seu nome. Como tenho ideia de o ver mais vezes, a ele e seu filhinho ali na saída da escolinha, quem sabe se não nos tornaremos Amigos!?
Após muita insistência do então amigo e colega de trabalho Luciano Roppa, da Guabí, em 1975 comprei dele um filhote de Dálmata na cidade de Orlândia e, junto com uma cadela Pastor Alemão, veio para Campinas quando para esta cidade me transferi.
Comecei a criar a raça e logo abri um Canil devidamente registado nos Órgãos oficiais específicos. Nascia o "Canil Carcavelos", em homenagem à última cidade onde residi em Portugal.
Muita experiência adquiri nesta empreitada da criação de cachorros e posterior venda dos mesmos. Na relação entre homem e animal também. Porém, há sempre algo mais a aprender...
Depois que foi desfeito o meu primeiro casamento, o Canil ficou na casa da ex-mulher. Passava por lá muitas vezes. Uma dessas vezes a Rena, matriarca da família de Dálmatas, estava com filhotes recém nascidos. Era um Domingo e fui visitar os cachorros. A exemplo de outras vezes, levei a minha filhinha (segundo casamento) que tinha um ano de idade. A minha primeira preocupação foi levar a cadela Pastor Alemão para o quintal e prendê-la, por segurança. Deixei a filhinha sentada, quietinha a aguardar-me.
Quando voltei não vi a menina e repentinamente me deu um estalo: ela foi matar a sua curiosidade dentro da casinha onde estava a Rena com a sua prole. Estava toda ensanguentada e de tal modo, que nem dava para perceber a gravidade dos ferimentos. Foi só tomá-la num braço e conduzir o carro com uma só mão até ao hospital mais próximo. O pior não aconteceu, felizmente. Tem ainda hoje uma marca no rosto, mas disfarçada na sua beleza.
Depois disso e até hoje, jamais tive problemas com os meus cães. Depois de três gerações de Dálmatas tive uma cadela Labrador e por último outro Dálmata, o Díli, que comigo está actualmente.
Este cão é diferente de todos os que já tive ou conheci da raça. Ele é, simplesmente, indomável. Tem uma força descomunal e por isso judia muito de mim quando o levo a passear, preso com trela no peitoral. Já lhe coloquei "enforcador" mas desisti porque senão se enforcaria mesmo... Já me derrubou algumas vezes, mas nunca se soltou de mim... Parece não gostar de crianças e, porque eu já percebi isso, tenho o maior dos cuidados quando os meus netos vêm na minha casa. Aliás, tenho o mesmo cuidado em relação a qualquer pessoa que não seja da casa.
Hoje ele pediu-me para o levar a passear. Sim! Ele pede-me isso numa coreografia peculiar e que dispensa a fala que, claro, não tem...
Já tinha anoitecido e fomos os dois fazer, mais uma vez, um dos tradicionais trajectos. Tomei todos os habituais cuidados, como o de ir para a outra calçada quando alguém vem na minha direção, principalmente quando acompanhado de cachorro ou de criança. E, dentro desse esquema, tudo estava dando certo até que mais uma vez o Díli foi evacuar as fezes no canteiro de uma árvore. Ele só faz isso nos canteiros ou em calçadas destruídas ou mal cuidadas...
Como tenha percebido que uma pessoa subia pela calçada em sentido contrário ao meu, com uma criança no colo, tomei o cuidado de ficar bem perto e virado para o focinho do cão. Mas não adiantou! Ele me surprendeu e pulou na criança! Consegui de imediato puxá-lo com um esticão e, ao mesmo tempo que escutava toda a fúria daquele pai no desespero de ver se algo de pior teria acontecido, pedi milhões de desculpas e tentava justificar-me com a garantia de que ele jamais assim tinha agido.
Depois que o homem se acalmou mais, convidei-o a ir na minha casa que era perto. Não aceitou. Pedi-lhe, então, o seu nome e morada e ele acedeu. Vim para casa e contei o acontecido à minha mulher.
Larguei o cão e, com a mulher, fômos ao encontro daquele homem. Lá estava ele na portaria do Condomínio, comentando o sucedido com a esposa e outros condóminos e enxugando lágrimas que ainda lhe corriam dos olhos.
Soube que a criança tem 9 meses sòmente e o meu coração disparou mais uma vez quase me levando às lágrimas também.
O diálogo foi amistoso e ouve compreensão mútua dos acertos e dos erros. Prometi a mim mesmo que lavarei o Díli a passear só em lugares ermos, numa hora mais tardia, a partir de amanhã.
Admirei muito a educação e o fino trato daquele Pai, Isaías de seu nome. Como tenho ideia de o ver mais vezes, a ele e seu filhinho ali na saída da escolinha, quem sabe se não nos tornaremos Amigos!?
domingo, junho 24, 2012
sexta-feira, junho 22, 2012
Portugalidade (2)
Este vídeo (sapotimorleste) vem reforçar de maneira indiscutível o que ontem publiquei na minha crónica. É impressionante ver que a maioria, se não a totalidade dos timorenses das imagens (na foto ou no vídeo), nasceram após a administração portuguesa. Isso é muito profundo! Está aí um convite aos estudiosos da área para elaboração de um bom trabalho.
quinta-feira, junho 21, 2012
Portugalidade
Existem muitas opiniões sobre a colonização portuguesa no Mundo. Principalmente sobre o que fôram os últimos 60 anos e durante os quais se desenrolaram as guerras de libertação. Mas não é exactamente esse o ponto do assunto de hoje. O assunto recai sobre essa mesma colonização, mas com relação a Timor-Leste, que foi diferente de tudo o mais.
Foi a Província Ultramarina mais esquecida pela Metrópole e, por incrível que pareça, a mais embebida de lusitanidade.
Ainda há pouco tempo numa das páginas do Facebook dedicadas a Timor-Leste, li uma troca de opiniões (nos comentários) sobre uma postagem. Um dos "contendores", pessoa com elevado grau de conhecimentos sobre a história da permanência portuguesa naquele Território, acabou por me deixar revoltado. E porquê? --- Porque só quem viveu algum tempo em Timor, enquanto território português, poderá pronunciar-se sobre o relacionamento entre nós e eles. Sempre existiu e continúa existindo algo de mágico entre portugueses e timorenses que eu não consigo explicar.
A foto que aqui coloco para ilustar a minha postagem foi tirada em Díli, momentos após o término do jogo de futebol entre Portugal e a República Tcheca, pelos quartos de final da Eurocopa, o qual os portugueses venceram por 1 x 0.
Sem qualquer informação a respeito, o observador que nunca tenha estado em Timor jamais associaria essa foto àquele País. Tenho a certeza que pensaria tratar-se de um ponto qualquer em Portugal.
Está aqui, portanto, uma imagem real a dizer-nos tudo aquilo que não conseguimos explicar...
Foto de Natália Carrascalão Antunes (in Facebook)
sábado, junho 16, 2012
Sôpa de Igrejas
Já passei por algumas situações em que, identificado como alentejano que sou, de imediato ser discriminado. A ideia dessas pessoas imbecis é que ser alentejano é também comunista e ateu.
Eu até posso ser as duas coisas. Porém, posso garantir que no Alentejo estão as mais belas e ricas igrejas e todas elas recheadas de história.
Vejam que nesse gráfico são assinaladas 25 só na cidade de Évora. E então?!...
sexta-feira, junho 15, 2012
Tudo a mesma coisa
Aqui no Brasil, na linguagem popular e no eterno jeito brincalhão do
brasileiro, é costume argumentar com a expressão “... a mesma coisa é um
caminhão carregado de japoneses!”, quando após alguma pergunta ou afirmação se
depara com a resposta “é a mesma coisa!”. O fundamento da expressão é o de não
conseguir-mos distinguir um oriental do outro. Para nós ocidentais, eles são
todos iguais. Possìvelmente eles terão a mesma opinião a nosso respeito...
Abordei esta questão por causa da notícia de hoje sobre a prisão de Katsuya
Takahashi, o último membro, até então foragido, do grupo Aum Shinrikyo responsável
pelo acto terrorista com gás sarin perpetrado em 20 de Março de 1995 no Metrô
de Tóquio.
Katsuya Takahashi, de 54 anos, foi detido em um bairro do
sul da capital nipônica quando tentava se esconder no interior de um Café, um
daqueles espaços temáticos abertos durante 24 horas e onde ninguém é
incomodado; até mesmo passa complectamente despercebido.
Aqui a conotação que faço da frase atrás referida com a
denúncia que alguém fez à polícia, sobre ter visto um homem parecido com
Takahashi naquele Café Mangá. Afinal, são 17 anos passados e o marmanjo teria
37 na altura do atentado e, sendo todos iguais uns aos outros, como ocidental
fiquei encucado...
A identidade do indivíduo, igual inter pares, foi confirmada nesta
sexta-feira graças às impressões digitais.
E os meus amigos japas aqui do
Brasil serão tolerantes comigo...
quinta-feira, junho 14, 2012
Peladas
1. A BOLA
A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do irmão menor.
2. O GOL
O gol pode ser feito com o que estiver à mão: tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, chinelos, os livros da escola e até o seu irmão menor.
3. O CAMPO
O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e, nos grandes clássicos, o quarteirão inteiro.
4. DURAÇÃO DO JOGO
O jogo normalmente vira em 5 e termina em 10, podendo durar até a mãe do dono da bola chamar ou escurecer. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
5. FORMAÇÃO DOS TIMES
Varia de 3 a 70 jogadores de cada lado. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, esquerda ou a direita, dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.
6. O JUIZ
Não tem juiz.
7. AS INTERRUPÇÕES
No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada em 3 eventualidades:
a) Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação.
b) Quando passar na rua qualquer garota gostosa.
c) Quando passarem veículos pesados. De ônibus para cima. Bicicletas e fusquinhas podem ser chutados junto com a bola e, se entrar, é gol.
8. AS SUBSTITUIÇÕES
São permitidas substituições nos casos de:
a) Um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer lição.
b) Jogador ter o tampão do dedão do pé arrancado. Nestes casos, porém, pode acabar voltando à partida após utilizar aquela água santa da torneira do quintal de alguém.
c) Em caso de atropelamento.
9. AS PENALIDADES
A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar o adversário dentro do bueiro.
10. A JUSTIÇA ESPORTIVA
Os casos de litígio serão resolvidos na porrada, prevalecendo os mais fortes e quem pegar uma pedra antes.
QUEM NÃO JOGOU, PERDEU UM DOS MELHORES MOMENTOS DA VIDA.
In Internet
A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do irmão menor.
2. O GOL
O gol pode ser feito com o que estiver à mão: tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, chinelos, os livros da escola e até o seu irmão menor.
3. O CAMPO
O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e, nos grandes clássicos, o quarteirão inteiro.
4. DURAÇÃO DO JOGO
O jogo normalmente vira em 5 e termina em 10, podendo durar até a mãe do dono da bola chamar ou escurecer. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
5. FORMAÇÃO DOS TIMES
Varia de 3 a 70 jogadores de cada lado. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, esquerda ou a direita, dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.
6. O JUIZ
Não tem juiz.
7. AS INTERRUPÇÕES
No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada em 3 eventualidades:
a) Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação.
b) Quando passar na rua qualquer garota gostosa.
c) Quando passarem veículos pesados. De ônibus para cima. Bicicletas e fusquinhas podem ser chutados junto com a bola e, se entrar, é gol.
8. AS SUBSTITUIÇÕES
São permitidas substituições nos casos de:
a) Um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer lição.
b) Jogador ter o tampão do dedão do pé arrancado. Nestes casos, porém, pode acabar voltando à partida após utilizar aquela água santa da torneira do quintal de alguém.
c) Em caso de atropelamento.
9. AS PENALIDADES
A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar o adversário dentro do bueiro.
10. A JUSTIÇA ESPORTIVA
Os casos de litígio serão resolvidos na porrada, prevalecendo os mais fortes e quem pegar uma pedra antes.
QUEM NÃO JOGOU, PERDEU UM DOS MELHORES MOMENTOS DA VIDA.
In Internet
quarta-feira, junho 06, 2012
Grécia Moderna
CONSEQUÊNCIAS DA CRISE NA
GRÉCIA
1. Zeus vende o trono para uma multinacional coreana.
2. Aquiles vai tratar o calcanhar no (SUS) saúde pública.
3. Eros e Pan inauguram prostíbulo.
4. Hércules suspende os 12 trabalhos por falta de pagamento.
5. Narciso vende espelhos para pagar a dívida do cheque especial.
6. O Minotauro puxa carroça para ganhar a vida.
7. Acrópole é vendida ao Bispo Macedo e aí é inaugurada uma Igreja Universal do Reino de Zeus.
8. Eurozona rejeita Medusa como negociadora grega sob o argumento que "Ela tem minhocas na cabeça!".
9. Sócrates inaugura Cicuta's Bar para ganhar uns trocados.
10. Dionisio vende vinhos à beira da estrada de Marathónas.
11. Hermes entrega currículo para trabalhar nos correios na Área: entrega rápida.
12. Afrodite aceita posar para a Playboy.
13. Sem dinheiro para pagar os salários, Zeus libera as ninfas para trabalharem na Eurozona.
14. Ilha de Lesbos abre resort hétero.
15. Para economizar energia, Diógenes apaga a lanterna.
16. Oráculo de Delfos vaza números do orçamento e provoca pânico nas Bolsas.
17. Áries, deus da guerra, é pego em flagrante desviando armamento para a guerrilha síria.
18. A caverna de Platão abriga milhares de sem-teto.
19. Descoberto o porquê da crise: os economistas estão falando grego!
1. Zeus vende o trono para uma multinacional coreana.
2. Aquiles vai tratar o calcanhar no (SUS) saúde pública.
3. Eros e Pan inauguram prostíbulo.
4. Hércules suspende os 12 trabalhos por falta de pagamento.
5. Narciso vende espelhos para pagar a dívida do cheque especial.
6. O Minotauro puxa carroça para ganhar a vida.
7. Acrópole é vendida ao Bispo Macedo e aí é inaugurada uma Igreja Universal do Reino de Zeus.
8. Eurozona rejeita Medusa como negociadora grega sob o argumento que "Ela tem minhocas na cabeça!".
9. Sócrates inaugura Cicuta's Bar para ganhar uns trocados.
10. Dionisio vende vinhos à beira da estrada de Marathónas.
11. Hermes entrega currículo para trabalhar nos correios na Área: entrega rápida.
12. Afrodite aceita posar para a Playboy.
13. Sem dinheiro para pagar os salários, Zeus libera as ninfas para trabalharem na Eurozona.
14. Ilha de Lesbos abre resort hétero.
15. Para economizar energia, Diógenes apaga a lanterna.
16. Oráculo de Delfos vaza números do orçamento e provoca pânico nas Bolsas.
17. Áries, deus da guerra, é pego em flagrante desviando armamento para a guerrilha síria.
18. A caverna de Platão abriga milhares de sem-teto.
19. Descoberto o porquê da crise: os economistas estão falando grego!
terça-feira, junho 05, 2012
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