Já lá vão 31 anos desde o dia em que cheguei a Campinas para aqui me fixar. Desde já adianto que não foi tarefa fácil a tentativa de adaptação a esta grande cidade. Porém, jeitinho daqui, jeitinho dali, fui-me acomodando e aqui permaneço. Ainda hoje tento analisar tudo e todos e vou construindo a minha idéia definitiva sobre o reduto. Enquanto isso, transcrevo uma crônica de autor desconhecido, muito atual, enviada pelo amigo Marcílio. As reticências em cada frase, omitidas, subentendem-se...
Estar devendo dinheiro a meio mundo, mas ter carro importado para
”desfilar" pela Norte-Sul, no domingo.
Ir trocar roupa na C&A do Iguatemi, levando a roupa na sacola da
Márcia Mello.
Achar mais bonito ficar do lado de fora em bares pequenos como o
saudoso Maria Bonjour ou o Cleso, por mais ótimos bares e casas noturnas que existam para ficar do lado de dentro. E ainda chamar de “mano” o pessoal que faz exatamente a mesma coisa no Shopping Unimart.
Encaixar um "véio" no final de cada frase.
Sendo mulher, achar a coisa mais linda do mundo poder dizer às
amigas que ficou com aquele cara que é "animarrrrrrrrrr"!
Sendo homem, ter que dizer a alguém de outra cidade, quando
perguntado, que é de Campinas, mas não bebe a água de lá; manda buscar em Jaguariúna ou Indaiatuba.
Chegar para conversar com a menina na balada, na hora que ela está indo
embora.
Ser apresentado 10 vezes para mesma pessoa e, mesmo assim, na enésima vez dizer que não conhece.
Ficar saindo com o ex da melhor amiga, sob o argumento e convicção que ele também é seu amigo. (Bem típico das campineiras falsas e não
confiáveis).
Correr na Lagoa do Taquaral pelo lado de fora porque só os "mano" gostam
de ver os bichinhos que tem lá dentro.
Achar que sabe andar
Ir à missa em Nova Campinas por “se achar”.
Levar 4 horas para ir pra Ubatuba e ainda achar perto.
Jamais andar de ônibus, mesmo que não tenha grana.
Ter a certeza que conhece, mas não cumprimentar.
Nunca saber se chove ou se faz sol, porque está sempre enfiado
dentro de um shopping nas horas vagas
Não ter idéia de beleza natural a não ser pela naturalíssima Lagoa
do Taquaral.
Ter o saudável hábito de dormir cedo, até mesmo nos fins de semana,
pela impossibilidade de tomar choppinho até depois de 1h da manhã na
maioria dos botecos.
Não ter um tostão no bolso e, mesmo assim, achar que é milionário por ser sócio do Tenis Clube de Campinas.
Ter uma garrafa de whisky no “Coronel” e no “Seo Rosa” para ser vip.
Ser criado no Castelo, Marieta, Botafogo, Jardim Leonor, Bela Vista, Taquaral e achar que é de classe média alta.
Sobretudo, não achar que é do interior
Put'z!
1 comentário:
Essa é boa hem!!!!!!!!!! Não sabia que Campineiro era tudo isso..rsrsrs..agora vou reconhece-los de longe...rsrsrs
Enviar um comentário