sábado, março 22, 2008

"MALAI" NÃO É "DIAK LIU"

Frequentemente tenho lido em alguns blogues informações e protestos a respeito do comportamento desumano por parte das forças militares internacionais de segurança para com os cidadãos timorenses. Tenho lido coisas como estas:
“A maioria dos elementos da PNTL chega a tocar as raias da selvajaria ao agredirem-nos e isso causa traumas e medos a qualquer um.”

“A ONU deveria preocupar-se em constatar a realidade, os espancamentos e sevícias que as forças da ordem nos infligem e puni-los exemplarmente. Em vez disso dá palmadinhas nas costas dos seus comandantes e faz lindos relatórios para o Secretário-Geral Moon.”

“A ONU deveria abrir um gabinete independente, imparcial e protector de identidades, onde recebesse com segurança as denúncias e em paralelo com as autoridades timorenses e comandantes das forças dos países a operar em Timor (porque as forças internacionais também violam os Direitos Humanos) punir os faltosos.”

A propósito dos usos e abusos das forças policiais e militares que espancam e vilipendiam timorenses, cujas denúncias têm sido feitas através da comunicação social, declarou TMR:
“Estamos prontos para receber qualquer relato das vítimas que tenham sido torturadas por soldados, para que os casos possam ser investigados, não apenas os relatados pelos média, ”convidando os timorenses se dirigirem à PNTL e denunciar os casos.
Em resposta a este comunicado há respostas como estas:

“Ir à PNTL denunciar os casos?! Mas desde quando é que não correríamos o risco de sairmos de lá ?”

“Ir à PNTL queixar que tínhamos sido agredidos pela PNTL?”

Já comentei aqui neste espaço algo a respeito de tudo isto e principalmente os elogios da comunidade em relação às forças de segurança portuguesas ali estacionadas (GNR), pois estas comportam-se do mesmo modo que os militares do meu tempo quando Timor era uma Província portuguesa; ou uma colónia, pois que para o efeito tanto faz... Não foram muitas as vezes, mas em duas ou três em que estive de serviço como Sargento de Dia, durante os dois anos em que permaneci em Timor, recebi reclamações de moças timorenses sobre abusos sexual ou mau comportamento. Encaminhava o problema para o Oficial de Dia e este para o Comando e, se comprovadas as denúncias os prevaricadores eram duramente castigados. Nós, portugueses, jamais fomos xenófabos e sempre respeitamos os nativos das colônias como nossos irmãos. Está no nosso sangue.

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